quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Trechos da entrevista de Noam Chomsky à Globo

G1 - Como o senhor analisa a atitude do Brasil e da Venezuela em relação a Honduras hoje? 


Chomsky - Acho que a atitude do Brasil tem sido muito admirável. Ao acolher Zelaya, o país se colocou numa posição a favor da democracia, e é claro que o que o Brasil faz é extremamente importante, pois é o principal país da América Latina.


O caso da Venezuela não é surpreendente, já que Zelaya já era um aliado de Chávez (o presidente Hugo Chávez), então o país se definiu fortemente contrário ao golpe, o que acho que é a posição correta.


G1 - O senhor acredita que os Estados Unidos apoiaram o golpe em Honduras? Qual tem sido o papel do país nessa crise?


Chomsky -  Esse golpe foi incomum, e os Estados Unidos não o apoiaram abertamente. O país se juntou à Organização dos Estados Americanos (OEA) e a outras potências na crítica, mas fez isso de uma maneira fraca - não retiraram seu embaixador, como outras nações fizeram, por exemplo. Também se recusaram a chamar de golpe, o que envolveria cortar muitas ajudas, e não usaram nada de sua capacidade para restaurar a democracia.   


Os militares de Honduras são muito ligados aos EUA. Aliás, os americanos usam uma base no país. Após a volta de Zelaya, os Estados Unidos passaram a criticar abertamente Zelaya, e seu embaixador na OEA o chamou de irresponsável. Não diria que o país apoia o golpe, mas, com certeza, não está fazendo algo para se opor. Há fortes segmentos dos Estados Unidos que até são a favor do golpe. A história de que Zelaya queria mudar a Constituição é um pretexto, Zelaya estava aumentando o salário mínimo, introduzindo programas que beneficiariam os pobres, e a pequena elite rica do país não gostou nada daquilo.

Noam Chomsky é professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT)

sábado, 26 de setembro de 2009

Os Dez Mandamentos da Comunicação de Crise



1. Siga rigorosamente os Planos de Contingência e de Comunicação de Crise.
A pior atitude que um empregado pode adotar no início de uma ocorrência é tentar esconder o problema.
2. Divulgue as más notícias imediatamente.
É natural querer guardar as más notícias para si mesmo. No entanto, elas ficam piores com o passar do tempo.
3. A agilidade debela as crises.
A ação rápida, logo no início da ocorrência, minimiza os impactos e evita que a situação assuma grande
dimensão junto aos públicos de relacionamento.
4. Em crises não há segunda chance.

Tudo deve ser feito corretamente logo na primeira vez.
5. Mantenha a calma.

A interação com os jornalistas e com os outros públicos será positiva se a calma prevalecer. 
6. Cooperação é fundamental.
Crises exigem a cooperação de muitas pessoas.
7. Sem prática não há vitória.
Desenvolver a capacidade de resposta rápida da equipe exige treino, adaptação e exercícios de simulação.
8. Peça desculpas pelos erros.

A capacidade de admitir um erro e pedir desculpas ajuda a
manter o espírito de cooperação.

9. A comunicação é um processo contínuo.
A sociedade continuará exigindo novas informações enquanto não se convencer de que a situação foi resolvida.
10. Tenha sempre o objetivo em mente.
A meta de qualquer resposta a uma crise é fazer com que a Companhia retome sua operação plena o mais rápido possível, ao mesmo tempo em que reduz, ao máximo, o risco de danos à comunidade, aos empregados, ao meio ambiente e, por conseguinte, à sua imagem. É preciso avaliar continuamente como as decisões tomadas se inserem nessa estratégia e como ajudarão a Empresa a atingir seu objetivo.

domingo, 20 de setembro de 2009

O problema é carisma?




ELEITOR JOVEM: VOTO, PARTICIPAÇÃO E FOCO CRESCERÃO NA CAMPANHA COM INTERNET!

Trecho do artigo de Joaquim Falcão, professor de direito. (Folha SP, 17/09)

1. O crescimento da internet é o maior de todas as mídias. A tendência é crescente e inevitável. Em julho, o número de usuários cresceu cerca de 10% em relação a junho. De 33 milhões para mais de 36 milhões. Sem contar as lan houses.

2. A liberação da internet terá consequência de mão dupla: aumentará a participação dos cidadãos nas eleições e ao mesmo tempo estimulará mais usuários no dia a dia da internet.

3. O voto do eleitor jovem vai crescer em importância. Eles são quem mais usa internet. Representam mais do que 20% dos eleitores. A internet deve estimular a inclusão do jovem na política. Os jovens são mais atingidos na oferta e redução de emprego. Partidos e candidatos terão que ter propostas específicas para eles.

Informação retirada do ex-blog do Cesar Maia.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Investimento militar brasileiro


A vinda do presidente francês Nicolas Sarkozy no dia 07 de setembro ratificou o acordo militar que prevê a fabricação de 50 elicópteros, construção de 4 submarinos convencionais, além do desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro. O projeto vai custar ao governo brasileiro cerca de 6,6 bilhões de euros.

Segundo o cientista político Daniel Flemes, o acordo é apenas mais um passo para o Brasil confirmar sua posição como líder regional, não somente na área econômica e política, como também militar. Ao mesmo tempo que consolida sua posição de potência emergente num contexto mais amplo. Segundo Flemes, este é um gasto compreensível, considerando os esforços de países vizinhos em ampliar seu poderio militar.

"O Brasil não está sozinho", resume o cientista político, ao lembrar que a soma de gastos com armamentos dos países sul-americanos mais que duplicou nos últimos cinco anos.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Caso se concretize (clique para ampliar)


Mas se os principais candidatos forem mesmo Dilma e Serra, o que se desenharia para a campanha?

Caso se concretize que Dilma e Serra sejam efetivamente os candidatos, a gente vai ter dois candidatos totalmente sem carisma. E assim, vai ser realmente uma dúvida, uma questão: quem é que vai se sair melhor nessa batalha. A campanha seria baseada em duas pessoas com perfil gerencial e sem carisma. Numa campanha dessa natureza, pode sair tudo.

Cientista Político - Leonardo Barreto



E as eleições na AL?

Bolívia
Com eleiçoes marcadas para o dia 06 de dezembro, oito candidatos concorrerão à presidência, incluindo Evo Morales. Pesquisa recente aponta 55% de aprovação à candidatura do atual presidente.

Colômbia
Pesquisa divulgada revela que 64% dos colombianos aprovam uma nova candidatura do presidente Álvaro Uribe nas próximas eleições, um número que representa um aumento de seis pontos percentuais desde a última enquete, realizada há dois meses.


Na semana passada, a Câmara dos Deputados da Colômbia aprovou um projeto de lei, sancionado por Uribe esta semana, para a realização de um referendo, no qual a população deve dizer se deseja ou não modificar a Constituição.


Honduras
Se encontra em processo eleitoral, definido e dirigido pelo TSE, com eleições primárias em todos os partidos para escolha de seus candidatos em todos os níveis, e que foi encerrado em maio, portanto mais de um mês antes dos acontecimentos de 28 de junho com a precipitação do exército ao receber determinação do STF para a prisão do presidente Zelaya pelo golpe de estado aberto em implementação.
Os Estados Unidos afirmaram que não reconhecerão as eleições presidenciais de Honduras, marcadas para novembro, e já definiram um corte de US$ 35 milhões em assistência ao país, que já havia sido suspensa.

Peru:
Pesquisa presidencial realizada pela Ipsos-Apoyo de agosto em todo o país. Keiko Fujimori 22%, Luis Castañeda 18%, Ollanta Humala 13%, Lourdes Flores 11%, Alejandro Toledo 10%.

Uruguai
se houver um segundo turno entre Mujica e Lacalle, os resultados foram: José Mujica 46%, Luis Alberto Lacalle 45%, 5% votariam em branco ou anular e 4% estão indecisos . Isto pode ser considerado um empate técnico ", onde as diferenças entre os candidatos estão dentro do erro de amostragem.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Marina Silva


Ao analisar as notícias referentes à Marina Silva, podemos observar que ela será uma provável candidata à presidência da República em 2010. Sua adesão ao Partido Verde (PV) já foi oficializada, após abandonar o Partido dos Trabalhadores (PT), onde foi filiada e membro fundadora no Estado do Acre. Sua provável candidatura à presidência já é avaliada em pesquisas e causa um certo burburinho. Isto seria um problema à provável candidata do PT, Dilma Rousseff?

Dilma tinha uma visão diferente em relação ao meio ambiente onde se mostrou disposta a sacrificar a natureza em nome do crescimento do país, mas ainda não podemos afirmar que a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva será um grande problema para Dilma Rousseff. De acordo com a pesquisa nacional do IBOPE, divulgada na coluna do Ancelmo, no Globo (09 de setembro), onde Serra teria 42%, Ciro 14%, Dilma 13% (caindo 5 pontos), Heloísa Helena 7% e Marina Silva 3%, pode-se esperar que com a saída de Heloísa Helena, para candidatar-se ao Senado Federal, Marina deve ficar com boa parte de seus votos, o que aí sim, se tornaria uma pedra nos sapatos do PT.

Uma coisa é certa, a disputa já começou e Marina Silva possui uma grande aliada nesta “corrida política”, a mídia internacional. Onde não poupam elogios à ex-ministra, devido sua dedicação na luta contra o desmatamento na Amazônia, causa que lhe rendeu vários prêmios no exterior. Enquanto isso, Ciro começa a emergir como o candidato mais forte do campo do governo, mas esse será outro tema para as próximas semanas.